sexta-feira, 9 de junho de 2017

Castro Verde recebe III Encontro da Cátedra UNESCO do Património Imaterial

É já no dia 22 de junho, no Fórum Municipal, que se realiza em Castro Verde o III Encontro da Cátedra Unesco em Património Imaterial e saber-fazer tradicional.


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Grupo de trabalho lança Coletânea de Cante "Vozes da Nossa Terra" a 29 de Novembro

O concelho de Castro Verde desde há muito que é uma terra de cante a vozes.
Nos campos desta imensa planície, homens e mulheres cantavam as modas como forma de aligeirar esse tempo que era de trabalho pesado. Horas e mais horas desde o nascer ao sol-posto derramando o seu suor, ganhando o pão às migalhas, porque a vida era dura no campo.
E desse cante espontâneo que acontecia na seara pelas vozes da gente na ceifa, ou na apanha da azeitona, nos diferentes trabalhos sazonais, nas datas festivas e pelos homens nas tabernas, surgiram nos anos 70 e em meados dos anos 80 alguns dos corais alentejanos de cariz etnográfico que ainda hoje existem em Castro Verde, “Os Ganhões” (1972) e “As Camponesas” (1984).
Mas neste percurso da criação formal de corais trajados a rigor, em representação de memórias, de funções laborais, de vivências que se foram apagando pelas circunstâncias de um mundo em constante modernização e globalização, outros grupos se constituíram e que aqui se apresentam nesta coletânea: “Os Carapinhas”, “As Vozes de Casével”, “Os Cardadores”, “As Papoilas”, “As Atabuas” e “As Ceifeiras”. “Planície a Cantar” é o nome do encontro de Cante que marca a Feira de Castro. E a partir desta data é também o nome desta coletânea que se faz da recolha de temas dos discos dos corais do concelho, que ainda existem e que no momento presente têm gravações editadas. Vozes que se agarram ao cante como se fossem azinheiras presas à terra. À sua terra. À sua música, ao seu cante. Mostrando a sua identidade. Com modas gravadas entre 1987 e 2015, nos diferentes registos dos grupos, é possível sentir o tempo passado, mas também o presente e porventura o que poderá ser o
cante num tempo que há-de vir.
Esta edição é fruto de um trabalho coletivo e participado que tem sido posto em prática pelo Grupo de Trabalho do Cante do concelho de Castro Verde, onde estão representados todos estes grupos corais, e que tem procurado criar formas e estratégias de salvaguarda desta expressão musical, deste cante que é nosso, deste cante que importa preservar e potenciar e que é Património Cultural e Imaterial da Humanidade.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

OS GANHÕES
As raízes do cante alentejano perdem-se na História, como na história de Castro Verde se perde a origem de um cantar ligado à terra, cuja tradição “Os Ganhões” perpetuam. Hoje, como ontem, “Os Ganhões” mantêm a sua autenticidade. Herdeiros de uma tradição que é sua: a de um cante que já foi de trabalho, agora mais de lazer e de convívio, mas sobretudo, e sempre, de afirmação cultural.
Formados em 1972, Os Ganhões têm levado o seu cante polifónico a todo o país e a alguns festivais internacionais, onde evidenciam uma particular importância ao aspecto etnográfico e à recolha do cancioneiro popular, tendo no seu reportório algumas das mais genuínas modas do Baixo Alentejo, numa polifonia rica em tradição mediterrânica.
Como forma de divulgar e perpetuar a sua existência, o grupo gravou os LP “Castro Verde és Nossa Terra” (1975) e “Ganhões de Castro Verde” (1980). Neste mesmo ano ganha o 1º Prémio do Concurso de Coros Alentejanos realizado na Casa do Alentejo. Desde então, regista em CD os trabalhos “Modas Alentejanas”(1994), considerado pela crítica especializada o melhor disco de música étnica, “É Tão Grande o Alentejo”(1997),  “O Círculo que Leva a Lua” (2003) e a antologia “Terra” (2006).
Para além dos habituais encontros de corais e oficinas de cante, Os Ganhões de Castro Verde têm integrado projectos ligados a outras áreas artísticas e musicais, tais como a dança contemporânea, o jazz e a world music. Experiências e fusões que têm contribuído para afirmar o cante alentejano junto de públicos diferenciados. É disto exemplo as participações no Festival Internacional de Música Folk de Vancouver (Canadá), no Festival Internacional de Música de Krems (Aústria), nos álbuns “Primeiro Canto” de Dulce Pontes, no projecto “Olhares” da Companhia de Dança de Almada e na homenagem a José Saramago, no âmbito da Rede Cultural do Festival Sete Sóis Sete Luas.

Neste momento Os Ganhões de Castro Verde encontram-se a preparar um novo disco.

quinta-feira, 16 de maio de 2013


Ensaios de Grupos Corais do concelho de Castro Verde no Museu da Ruralidade 

O Museu da Ruralidade, reinicia dia 17 de maio, os ensaios de Grupos Corais do concelho de Castro Verde na taberna do Museu.
O primeiro ensaio, do grupo coral "As Ceifeiras" de Entradas integra-se na celebração do Dia Internacional dos Museus e decorre a partir das 21h00.


Já se encontram agendadas as participações de outros grupos do concelho de Castro Verde para os meses de maio e junho, a saber:

- 24 de Maio, 21 horas: ”As Camponesas”, de Castro Verde;
- 31 de Maio, 21 horas: “Os Ganhões”, de Castro Verde;
- 5 de Junho, 18 horas: “Os Carapinhas”, de Castro Verde;
- 7 de Junho, 21 horas: “Vozes de Casével”;
- 14 de Junho, 21 horas: “As Atabuas”, de São Marcos da Atabueira (a confirmar);
- 21 de Junho, 21 horas: “Os Cardadores” da Sete (a confirmar).